“Eu não sei como, mas algo me diz que você é a pessoa certa para ajudar todas essas pessoas.” - CAVALLI, Marina. Rainha Leona: A jornada
Cada um de nós carrega em si uma combinação exclusiva de caracteres, que se expressam a partir da interação com o meio, em cada experiência vivida. Essa programação vai sendo apresentada ao mundo através do nosso corpo, pelas nossas escolhas e renúncias, concretizadas nas nossas ações. Assim sendo, não existem dois seres que possam ser exatamente iguais, pois mesmo tendo as mesmas combinações genéticas, expressam-nas de formas diferentes, por conta da exposição ao meio. Esse ecossistema perfeito, que constroi uma rede ilimitada e autorregulada, aguarda pacientemente pelo momento em que cada um de nós, aceite com alegria e dedicação, a sua posição na grande rede, já que ela é indivisível e ininterrupta. Isso quer dizer que não existem dois seres capazes de ocupar o mesmo lugar, então, que presente recebemos: temos um lugar exclusivo na natureza!
Essa constatação, pode soar acolhedora, mas ao mesmo tempo, aterrorizante, porque imprime um grau de responsabilidade impensável, já que deixa muito claro que cada ação individual, repercute na rede toda, não é? Sim. Por isso, a natureza é tão amável, e a cada instante nos convida a permanecermos no nosso devido lugar, fazendo aquilo que fomos aprimorados para fazer, nos chamando a aperfeiçoar cada centímetro no nosso ser, de uma forma genialmente simples: com o autocuidado. Quando aprendemos a lição básica de cuidarmos de nós mesmos, escolhendo os alimentos certos; respeitando os ciclos naturais de sono e vigília; mantendo o corpo em movimento, exercitando-se; mantendo a presença no aqui e agora real e fortalecendo a conexão espiritual, estaremos contribuindo para a harmonia dessa grande rede, porque quando o equilíbrio interno começa a aflorar, ele irradia através das nossas escolhas e como consequência, guia as nossas ações, assim o que seria algo pontual, se expande e toca todos os seres à nossa volta, nem que seja pelo exemplo.
Agora, pra quê tudo isso, afinal de contas? Para que esse brilhante ecossistema, gaste menos energia tentando corrigir as falhas e possa usá-la na evolução contínua de si mesmo, entregando ainda mais abundância para cada ser que o constitui. É o maior ato de amor, para consigo mesmo e consequentemente para a humanidade, assumir na prática essa posição, porque a partir de cada um de nós, a rede continua e ninguém mais poderá sustentar o ponto que cabe a você, além de você. Ninguém!
