
Em alusão ao Mês do Migrante e do Refugiado, celebrado ao longo de junho, o Governo de Santa Catarina promoveu uma ação voltada à inclusão de imigrantes no mercado de trabalho. Realizada na terça-feira (24), no centro de Florianópolis, a iniciativa atendeu cerca de 100 pessoas, em sua maioria vindas da Venezuela, Cuba e Argentina.
A atividade foi organizada pela Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família (SAS), por meio da Gerência de Políticas para Igualdade Racial e Imigrantes, em parceria com a Secretaria de Estado da Indústria, do Comércio e do Serviço (Sicos) e o Sistema Nacional de Emprego (Sine).
Além do encaminhamento para vagas de emprego, os participantes receberam auxílio na elaboração de currículos, orientações sobre documentação e direitos trabalhistas, além de atendimentos individualizados. A ação contou com o apoio de organizações da sociedade civil, entidades religiosas e organismos internacionais como a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).
“Iniciativas como essa são fundamentais para garantir a dignidade e a autonomia das pessoas migrantes. Trabalhamos para que elas tenham acesso ao trabalho formal, promovendo a inclusão social e econômica”, afirmou Regina Suenes, gerente de Políticas para Igualdade Racial e Imigrantes da SAS.
O Dia do Imigrante
Celebrado no Brasil em 25 de junho, o **Dia do Imigrante** homenageia milhões de pessoas que chegaram ao país em diferentes períodos da história, contribuindo com a diversidade cultural, o desenvolvimento econômico e a construção da sociedade brasileira. A data foi criada para lembrar os desafios enfrentados pelos imigrantes e reforçar a importância de políticas públicas voltadas à sua acolhida e integração.
Por que o Brasil e Santa Catarina atraem imigrantes?
O Brasil é historicamente reconhecido como um país de imigração. Ao longo dos séculos, acolheu populações vindas da Europa, Ásia, África e América Latina. A Constituição Federal garante direitos básicos aos estrangeiros que vivem no país, incluindo acesso à saúde, educação e trabalho, o que o torna um destino atrativo para quem busca melhores condições de vida.
Santa Catarina, por sua vez, se destaca como um dos estados brasileiros mais procurados por migrantes e refugiados. Em 2024, o Brasil registrou a entrada de 194.331 migrantes, com a maioria vindo da Venezuela. O país também abriga mais de 2 milhões de estrangeiros legalmente residentes, segundo dados de 2025 da Agência Brasil.
Entre os fatores que atraem essas populações estão o dinamismo econômico do estado, especialmente nos setores industrial, comercial e de serviços, além da presença de comunidades já estabelecidas, o que facilita a adaptação dos recém-chegados. A qualidade de vida, os baixos índices de violência e as oportunidades de emprego também são determinantes.
Políticas públicas e ações integradas
Além das ações como a realizada nesta semana, a SAS vem desenvolvendo uma série de estratégias para acolhimento e inclusão dos migrantes e refugiados. Entre elas, estão:
- Apoio técnico a municípios para criação de políticas migratórias locais;
- Realização de seminários regionais sobre migração;
- Participação em mutirões de documentação;
- Realização da I Conferência Estadual de Migração, Refúgio e Apatridia.
Essas ações integram o compromisso de Santa Catarina com a defesa dos direitos humanos e com a promoção da igualdade racial e social.
Integração como caminho
Com a intensificação de crises humanitárias em diferentes partes do mundo, o fluxo migratório rumo ao Brasil tende a continuar. A resposta a essa realidade passa pela construção de políticas públicas permanentes e integradas, que ofereçam suporte, dignidade e oportunidades reais a quem escolheu o Brasil — e Santa Catarina — como novo lar.
Com informações da Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família