Brazilian Storm (Tempestade Brasileira)

O uso deste termo veio a ser usado no Circuito Mundial na década passada com o surgimento de vários atletas que já se conheciam e competiam entre si e vieram a se destacar muito no circuito mundial, a maioria tive o prazer de trabalhar quando exercía o cargo de técnico da CBSurf 2006 à 2011 entre eles Gabriel Medina, Filipe Toledo, Miguel Pupo, Wigolly Dantas, Caio Ibeli, Jesse Mendes, Thiago Guimarães,

Jadson André, Alejo Muniz, Thomas Hermes, Willian Cardoso, Matheus Navarro, Ian Gouveia, Lucas Silveira, Peterson Crisanto, Marco Fernandez, Michael Rodrigues, Krystyan Kymerson e Rafael Teixeira, não tendo trabalhado com o campeão mundial Adriano de Souza e Italo Ferreira também campeão Olímpico e Yago Dora que também fazem parte desta lista. Muitos destes vindo a ser campeões mundial ISA JR como é o caso de Gabriel Medina, Filipe Toledo, Jadson André, Alejo Muniz, Deivid Silva, Michel Rodrigues e Matheus Navarro, fruto do trabalho de base.

Agora vemos uma novíssima geração surgindo com os atletas João Chianca (23), Matheus Herdy (22) e Samuel Pupo (22), mas fica uma preocupação muito grande por não ver um trabalho de base sendo realizado para que surjam um maior número de atletas para as futuras gerações, pensando realmente em desenvolver o esporte como merece e como é feito com outros esportes, como futebol, vôlei entre outros.

Por ser um país com uma imensa costa, com boas ondas de norte a sul e grande número de atletas, o Surf como esporte olímpico, tem tudo para continuar Brazilian Storm, mas para isso precisa urgente reforçar o trabalho de base que geralmente por não ter uma boa remuneração, fica no esquecimento. Com muito trabalho e esforço chegamos até aqui, mas para continuar precisa que todas as entidades ligadas ao surf se engajem nessa missão. E de nossa parte a vontade de fazer o bem não interessando a quem, como foi quando comecei este trabalho com o surf na ASAPM (Associação e Amigos da Praia Mole – 1997) e o trabalho fluiu por oito anos, vindo a ser convidado a ser Técnico da Equipe Catarinense de Surf (2000 a 2008), onde conseguimos o tão sonhado titulo brasileiro por Equipes em 2001, vindo a sagrar tetracampeão brasileiro (2001/2003/2004/2005), onde fui reconhecido e respeitado pelos atletas de outros estados nos confrontos do Circuito Brasileiro Amador. Este trabalho com a Equipe de Santa Catarina me projetou a trabalhar na CBSurf (Confederação Brasileira de Surf). Hoje tento passar toda minha experiência para os mais jovens através do trabalho voluntário junto a ASC (Associação de Surf do Campeche) que engloba trabalho de base no surf e ações sociais proporcionando bem estar para toda comunidade.


Otoney Xavier é ex técnico de surf da seleção brasileira, já foi do comitê olímpico brasileiro e medalha de ouro com equipe em vários campeonatos nacionais e internacionais.