Desde quando comecei a perceber a existência do mundo, e que fazia parte dele, questionava-me sobre qual era o meu papel dentro do cosmo, uma dúvida desafiante para uma criança que sabia tão pouco sobre a vida.

No decorrer do tempo segui buscando respostas e guiado por esta inquietação percebi que nós seres humanos, começamos a compreender quem  somos a partir das nossas primeiras relações, inicialmente com a família, alguns amigos mais próximos e o ambiente escolar. Sentia que ao sermos elogiados e reconhecidos por nossos comportamentos e qualidades emergiam sentimentos de motivação e alegria. Por outro lado, não podemos esquecer que também somos lapidados pelas advertências e repreensões. Como salientei no início do texto, esses são os primeiros indícios desse processo de autoconhecimento, os quais são como nosso reflexo no "espelho chamado mundo".

Para encontrar nosso lugar no mundo precisamos de duas perguntas essenciais: o que o mundo espera de mim e o que sinto que posso entregar ao mundo. Vejamos a natureza, como um quebra cabeça onde tudo se encaixa. Da macieira se espera maçãs, da laranjeira laranjas, do vento ventar e de mim, o que a vida espera?

Nós seres humanos podemos chamar nossos frutos de talentos, e através deles cumprimos nossa missão no cosmo. Lembre-se, ter um talento não significa que será bom em algo ou que apenas fará coisas melhor que os outros. Talento é uma predisposição natural e que precisa de lapidação. Conheci muitas pessoas talentosas com menos resultados que pessoas esforçadas. Portanto, descubra seus talentos, dedique-se a lapidá-los, aperfeiçoá-los e terás encontrado o "Seu lugar".



Eduardo Basso é psicólogo, Palestrante, Especialista em Terapias Cognitivo-comportamentais; Coach, especialista em gestão de talentos e competências.