Desde o início da pandemia de HIV/AIDS na década de 80, as medidas de prevenção e principalmente o tratamento evoluíram consideravelmente, infelizmente o preconceito com as pessoas que vivem com o HIV/AIDS ainda permanece.
Nessa coluna destaco informações atualizadas sobre as novas medidas de controle e prevenção do HIV e aproveito para desfazer mitos sobre a doença.
O HIV e AIDS são coisas diferentes: O HIV é o vírus que pode infectar as pessoas, a AIDS é o estado avançado da doença que compromete o sistema imunológico. Nem todas pessoas que tem o vírus estão com a doença, mas pode transmitir, por isso é importante fazer o teste para descobrir e iniciar o tratamento precoce, evitando o adoecimento e impedindo a transmissão.
O HIV não é transmitido pelo toque ou pelo beijo, nem pela saliva e nem pelo suor. Pessoas que mantém o tratamento em dias, ficam com a carga viral indetectável (sem vírus detectado no sangue), portanto não transmite a doença.
Orientação sexual não tem a ver com HIV, todo mundo está suscetível a se infectar com o HIV.
Além do uso da camisinha existe a PEP, a PrEP e a testagem:
A PEP (Profilaxia pós exposição), é uma medida de urgência que deve ser iniciada o mais rápido possível (até no máximo 72 horas da exposição ao risco), é uma alternativa em caso de acidente com material contaminado, violência sexual ou relação sexual desprotegida.
A PrEP (Profilaxia pré-exposição) é a tomada de comprimidos que bloqueiam o caminho do HIV; realizada por quem não tem o vírus mas tem situações de vulnerabilidades que podem indicar o seu uso. Essa medida necessita acompanhamento contínuo.
A Testagem é uma medida de prevenção, os casos identificados podem tomar medicação e deixar de transmitir o vírus.
A maioria das pessoas com HIV não transmite o vírus: Carga viral indetectável é zero risco de transmissão por isso é importante fazer o tratamento certinho.
O Brasil distribui medicação gratuita: O Ministério da Saúde adquiriu uma medicação moderna, que reduziu o número de comprimidos e com menos efeitos colaterais.
Então faça o teste regularmente, e se der positivo, fique calmo, vai dar tudo certo!
Fonte: Ministério da Saúde do Brasil. Guia de Vigilância em Saúde, 2023.
Osvaldo Correia Damasceno é Enfermeiro e Professor da Universidade Federal do Pará, na Faculdade de Medicina em Altamira, com mestrado na área de Epidemiologia, atua na gestão de vigilância em saúde e atenção básica, com experiência no controle de epidemias de dengue, malária e na pandemia de COVID-19.