A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES), através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), divulgou nesta quarta-feira, 22 de maio, o 17° Informe Epidemiológico de 2024, detalhando a situação das arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti no estado. O relatório revela um preocupante aumento de casos de dengue, Zika e chikungunya.

Segundo o informe, neste ano foram notificados 291.379 casos prováveis de dengue, marcando um aumento de 151,41% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram confirmados 206 óbitos, com outros 54 em investigação pela Secretaria Municipal de Saúde com apoio da SES.

Apesar das baixas temperaturas recentes, a Dive alerta que os cuidados contra o Aedes aegypti devem continuar. "Os ovos do mosquito são bastante resistentes. Mesmo com baixas temperaturas e períodos de seca, esses ovos permanecem no ambiente e retomam o ciclo de desenvolvimento quando as condições são favoráveis, ou seja, temperaturas mais quentes e disponibilidade de água", explica João Augusto Brancher Fuck, diretor da Vigilância Epidemiológica do Estado.

Fábio Gaudenzi, superintendente de Vigilância em Saúde de SC e médico infectologista, enfatiza a importância do manejo clínico. "O primeiro atendimento oportuno, ainda na suspeita da doença, seja dengue, Zika ou chikungunya, é crucial para reduzir os desfechos fatais. As pessoas devem buscar o serviço de saúde ao primeiro sinal de sintomas", alerta.

Medidas de Prevenção

Mesmo no inverno, a dengue não deixa de ser uma ameaça. O ciclo de desenvolvimento do mosquito é mais lento, mas a prevenção continua essencial. As melhores práticas incluem eliminar locais com água parada:

  • Evite água parada: Certifique-se de que a água da chuva não se acumule em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos.
  • Descarte de materiais: Não acumule materiais descartáveis desnecessários em terrenos baldios e pátios.
  • Piscinas: Trate piscinas com cloro regularmente. Se não estiverem em uso, esvazie-as completamente.
  • Lagos e tanques: Mantenha-os limpos ou introduza peixes que se alimentem de larvas.
  • Vasilhas de animais: Lave com escova e sabão as vasilhas de água e comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana.
  • Pratinhos de plantas: Coloque areia nos pratinhos e remova a água acumulada em folhas de plantas duas vezes por semana.
  • Lixeiras e entulhos: Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo e guarde pneus em locais secos e cobertos.

Para ajudar na organização da rotina para eliminar os criadouros, a DIVE lançou um cartaz que auxilia a população a controlar a limpeza de casas e terrenos. Clique aqui para baixar.

Com informações do Núcleo de Comunicação da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina