Avanço tecnológico! Com o apoio da inteligência artificial (IA), pesquisadores brasileiros, em parceria com australianos, desenvolveram um dispositivo que pode ser instalado no smartphone e ajuda a identificar um AVC (acidente vascular cerebral) em minutos. Atualmente, um exame para detectar AVC leva cerca de meia hora.
Parceria Internacional e Inovação
O estudo foi realizado pelo Instituto Real de Tecnologia de Melbourne (RMIT), na Austrália, em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp). O dispositivo ainda está em fase de testes, mas a primeira versão deve estar disponível em 18 meses.
Como Funciona
Pelo aplicativo, é possível analisar o rosto da pessoa, observando assimetria e outros supostos sintomas indicativos de AVC. O sistema verifica o movimento muscular descrito pelo Sistema de Codificação da Ação Facial (FACs) e expressões faciais como olhar e sorriso.
Identificação Rápida e Exercícios Faciais
A identificação rápida de um AVC é essencial para evitar riscos maiores, como a morte. Para usar o dispositivo, os pesquisadores definiram oito exercícios faciais importantes, incluindo sorrir, simular apagar uma vela, beijar um bebê e pronunciar algumas palavras diferentes. Combinando essas informações, o sistema é capaz de determinar uma correlação entre a disposição do rosto e o quadro clínico de AVC.
Testes Promissores
Os testes foram realizados com vídeos da Toronto Neuroface, uma base de dados da Universidade de Toronto, contendo sequências de 11 pacientes saudáveis e 14 pós-AVC. O dispositivo identificou 91% dos casos de pacientes após o AVC e classificou corretamente 82% de todos os pacientes, saudáveis ou não.
Próximos Passos
Os cientistas buscam aumentar a quantidade e variedade dos dados utilizados para garantir a ampla aplicabilidade do sistema. Liderados por Guilherme Camargo, pesquisador da Unesp, e supervisionados pelos professores João Paulo Papa e Dinesh Kumar, do RMIT, o grupo trabalha para disponibilizar essa tecnologia em forma de aplicativo para smartphones.
Perspectivas no Brasil
Os pesquisadores pretendem testar o sistema em brasileiros, mas ainda precisam encontrar parceiros locais, como hospitais e clínicas. Em 2023, mais de 110 mil pessoas morreram no Brasil devido ao AVC, segundo dados do Portal da Transparência do Centro de Registro Civil (CRC) do Brasil.
Com essa nova tecnologia, a esperança é que muitas vidas possam ser salvas através de uma detecção rápida e eficiente do AVC. A ciência avança, trazendo soluções que podem transformar o futuro da saúde!
Com informações do Correio Brazilense