O Brasil alcançou a marca de quase 10 milhões de estudantes universitários matriculados, o maior número registrado nos últimos nove anos. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), com base no Censo de Educação Superior de 2023, o país tem 9,9 milhões de estudantes, um aumento de 5,6% em relação a 2022.
Esse crescimento reflete tanto os alunos que frequentam cursos presenciais quanto aqueles matriculados na modalidade de ensino a distância (EaD). Celso Niskier, diretor-presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), destacou o equilíbrio entre as modalidades: “Notamos que o número de alunos matriculados nos cursos EaD praticamente igualou o número de alunos nos cursos presenciais, que vem caindo gradativamente”, disse ele à Agência Brasil.
Ensino a Distância em Ascensão
O Censo revelou que, atualmente, 4,9 milhões de estudantes estão matriculados em cursos a distância, representando 49% do total de alunos. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) indicam que, em 2023, o número de alunos em cursos EaD deve superar o dos cursos presenciais, sendo a diferença entre as duas modalidades de apenas 150.220 matrículas.
Desempenho dos Cotistas
Outro dado relevante do Censo de 2023 mostra que 51% dos estudantes cotistas conseguiram concluir seus cursos, um percentual superior ao dos não cotistas, que atingiu 41%. Programas como o Prouni (Programa Universidade para Todos) e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) foram fundamentais para esse desempenho, permitindo a muitos estudantes acessar e concluir o ensino superior.
Transição do Ensino Médio para a Universidade
Pela primeira vez, o Censo analisou a transição do ensino médio para o superior. Entre aqueles que concluíram o ensino médio em 2022, 27% ingressaram no ensino superior no ano seguinte. Os maiores percentuais foram observados entre estudantes de escolas federais (58%) e da rede privada (59%).
Com esses números, o Brasil consolida o crescimento do acesso ao ensino superior, especialmente impulsionado pelo aumento da educação a distância e por políticas de inclusão como cotas, Prouni e Fies, conforme destacou a Agência Brasil.